Organizar uma festa não é uma tarefa das mais simples. Semana passada promovemos uma, lá na CEUNI, Casa do Estudante Universitário. Cerca de 250 pessoas prestigiaram o evento, que tinha como objetivo principal, a arrecadação de dinheiro para viabilizar a manutenção estrutural da casa, otimizando sua conservação através de intervenções corretivas, com a contratação de profissionais liberais da construção civil. Trocando em miúdos: precisávamos de grana para contratar uns peões e tocar uma obra.
Para que tivéssemos uma festa à altura das anteriores, que adquiriram certa notoriedade com os estudantes da Unisinos, eu e os outros 13 moradores(as) tratamos de nos organizar. Dividimos as tarefas e as responsabilidades entre todos. Peguei, junto com outro colega, a nobre função de providenciar a cerveja e toda a logística relacionada.
Antes de efetivarmos as compras, saímos à caça de ofertas especiais nos mercado da região. No dia escolhido fomos lá, debulhamos prateleiras inteiras cheias de latinhas de cerveja e atulhamos tudo em uma kombi, para que nos fosse entregue mais tarde. Lá pelas onze da noite, quando quase todos estavam em casa, eis que ouvimos uma buzina. Era o kombão que chegava com as bebidas. Fizemos uma corrente humana, do veículo estacionado na rua até dentro de casa, e assim descarregamos mais de mil latas de cerveja, em uma cena no mínimo curiosa para os passantes.
Pois bem, a cerveja estava garantida, mas ainda faltava providenciar uma maneira de gelar aquilo tudo. Enquanto isso, as outras equipes planejavam e executavam detalhes da decoração e da divulgação. E o dia ia se aproximando... daí para frente foi só correria, não teve jeito. Vejam uma pequena amostra de como foi:
Ih, as bebidas! ainda não providenciamos os recipientes para acomodá-las! Freezer nem pensar, não conseguimos ninguém que nos alugue um. O jeito é usar esses três tonéis de plástico que temos aqui, abarrotamos eles de latinhas e de gelo... O gelo! Esqueci do gelo! Tem um pessoal aqui perto que entrega à domicílio, são 5 reais o saco com 10 kg. Caramba, vamos precisar de bastante, uns 25 sacos, vai sair caro isso... vou batalhar um desconto. Pelos meus cálculos... Nossa! É muita cerveja, vai faltar espaço, precisamos de mais tonéis. Acabamos conseguindo emprestada uma geladeira, caco velho, sem motor. Damos um jeito, colocamos ela deitada e enchemos de gelo, está feita uma caixa térmica, vão caber ali pelo menos umas 300 latinhas, agora parece que vai ser suficiente.
Chegou o dia. São 19 horas, já estou na sala de aula, vou ter prova. Acabei não estudando o suficiente, espero não levar bomba. O celular toca: CEUNI chamando. Alô? Do outro lado meu colega dispara: “Cara, acabou o gelo, vamos precisar de mais, ainda tem muita lata para acomodar”. Putz, mais quanto? “ Ih... mais uns 7 sacos, não tem jeito". Ok, chama lá, anota aí o telefone. Faço a prova, a princípio tudo certo. Desço a avenida e chego em casa. A festa já está começando. Chamamos uma moça para vender cachorro quente no pátio da casa e pedimos a ela que não venda bebidas, já que estamos cuidando disso. Ei! O que foi aquilo? Será que ela está vendendo cerveja? Enviamos um “agente à paisana” para tentar comprar a bebida ilegalmente. Alarme falso, o pessoal está atacando o hot-dog e só.
Lá pelas tantas chega um grupo de umas 40 pessoas vindo de outra festa, querem entrar. Ótimo, sejam bem vindos, são quatro reais por favor. Começam a choramingar, acham caro, querem entrar de graça, me chamam na portaria, sou obrigado a ouvir discurso enlatado sobre as mazelas da civilização judaico-cristã-ocidental. Somos taxados de burgueses e exploradores dos fracos e oprimidos. Explico que somos tão oprimidos quanto eles. A maioria acaba entrando. Meia dúzia deles fazem birra, ocupam e desapropriam nossa calçada improdutiva e ali permanecem sentados por muito tempo. A festa segue. Lá dentro o pessoal está aproveitando bastante. Um mentecapto erra o banheiro e vai mijar na porta do quarto do meu colega. Fico indignado, mas ainda consigo dar risada. Se fosse o meu quarto provavelmente não teria achado muita graça. Falando em banheiro, vou dar uma checada, felizmente ainda estão utilizáveis, menos mau. Dessa vez não falta cerveja... que alívio. Nem queiram saber a correria que foi ano passado, quando a bebida acabou quatro vezes e, para aplacar a sede dos festeiros, minamos os estoques de todas as tele-entregas da região. Lá pelas tantas a poeira começa a baixar. Vou dormir, me sinto um zumbi . Ao meio-dia iniciamos o faxinão. Nada quebrado, mas o cenário é de guerra. Limpamos tudo e a casa volta a ter aspecto de casa. Tarefa cumprida!
E foi mais ou menos isso. Outra vez, excelente festa...
Para que tivéssemos uma festa à altura das anteriores, que adquiriram certa notoriedade com os estudantes da Unisinos, eu e os outros 13 moradores(as) tratamos de nos organizar. Dividimos as tarefas e as responsabilidades entre todos. Peguei, junto com outro colega, a nobre função de providenciar a cerveja e toda a logística relacionada.
Antes de efetivarmos as compras, saímos à caça de ofertas especiais nos mercado da região. No dia escolhido fomos lá, debulhamos prateleiras inteiras cheias de latinhas de cerveja e atulhamos tudo em uma kombi, para que nos fosse entregue mais tarde. Lá pelas onze da noite, quando quase todos estavam em casa, eis que ouvimos uma buzina. Era o kombão que chegava com as bebidas. Fizemos uma corrente humana, do veículo estacionado na rua até dentro de casa, e assim descarregamos mais de mil latas de cerveja, em uma cena no mínimo curiosa para os passantes.
Pois bem, a cerveja estava garantida, mas ainda faltava providenciar uma maneira de gelar aquilo tudo. Enquanto isso, as outras equipes planejavam e executavam detalhes da decoração e da divulgação. E o dia ia se aproximando... daí para frente foi só correria, não teve jeito. Vejam uma pequena amostra de como foi:
Ih, as bebidas! ainda não providenciamos os recipientes para acomodá-las! Freezer nem pensar, não conseguimos ninguém que nos alugue um. O jeito é usar esses três tonéis de plástico que temos aqui, abarrotamos eles de latinhas e de gelo... O gelo! Esqueci do gelo! Tem um pessoal aqui perto que entrega à domicílio, são 5 reais o saco com 10 kg. Caramba, vamos precisar de bastante, uns 25 sacos, vai sair caro isso... vou batalhar um desconto. Pelos meus cálculos... Nossa! É muita cerveja, vai faltar espaço, precisamos de mais tonéis. Acabamos conseguindo emprestada uma geladeira, caco velho, sem motor. Damos um jeito, colocamos ela deitada e enchemos de gelo, está feita uma caixa térmica, vão caber ali pelo menos umas 300 latinhas, agora parece que vai ser suficiente.
Chegou o dia. São 19 horas, já estou na sala de aula, vou ter prova. Acabei não estudando o suficiente, espero não levar bomba. O celular toca: CEUNI chamando. Alô? Do outro lado meu colega dispara: “Cara, acabou o gelo, vamos precisar de mais, ainda tem muita lata para acomodar”. Putz, mais quanto? “ Ih... mais uns 7 sacos, não tem jeito". Ok, chama lá, anota aí o telefone. Faço a prova, a princípio tudo certo. Desço a avenida e chego em casa. A festa já está começando. Chamamos uma moça para vender cachorro quente no pátio da casa e pedimos a ela que não venda bebidas, já que estamos cuidando disso. Ei! O que foi aquilo? Será que ela está vendendo cerveja? Enviamos um “agente à paisana” para tentar comprar a bebida ilegalmente. Alarme falso, o pessoal está atacando o hot-dog e só.
Lá pelas tantas chega um grupo de umas 40 pessoas vindo de outra festa, querem entrar. Ótimo, sejam bem vindos, são quatro reais por favor. Começam a choramingar, acham caro, querem entrar de graça, me chamam na portaria, sou obrigado a ouvir discurso enlatado sobre as mazelas da civilização judaico-cristã-ocidental. Somos taxados de burgueses e exploradores dos fracos e oprimidos. Explico que somos tão oprimidos quanto eles. A maioria acaba entrando. Meia dúzia deles fazem birra, ocupam e desapropriam nossa calçada improdutiva e ali permanecem sentados por muito tempo. A festa segue. Lá dentro o pessoal está aproveitando bastante. Um mentecapto erra o banheiro e vai mijar na porta do quarto do meu colega. Fico indignado, mas ainda consigo dar risada. Se fosse o meu quarto provavelmente não teria achado muita graça. Falando em banheiro, vou dar uma checada, felizmente ainda estão utilizáveis, menos mau. Dessa vez não falta cerveja... que alívio. Nem queiram saber a correria que foi ano passado, quando a bebida acabou quatro vezes e, para aplacar a sede dos festeiros, minamos os estoques de todas as tele-entregas da região. Lá pelas tantas a poeira começa a baixar. Vou dormir, me sinto um zumbi . Ao meio-dia iniciamos o faxinão. Nada quebrado, mas o cenário é de guerra. Limpamos tudo e a casa volta a ter aspecto de casa. Tarefa cumprida!
E foi mais ou menos isso. Outra vez, excelente festa...
2 comentários:
Realmente, o quarto fica com um cheiro de xixi muito forte. Só passando três de mão de ajax para tirar o prodredume.
Minha nossa mijar na porta do quarto fala sério q estadinho deveria estar hein...bom quem sou eu p falar,pelo menos não errei o banheiro!
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