Sábado, dia 21 de junho, enquanto eu esperava na fila do mercado para pagar pela minha lata de farinha láctea, uma notícia estampada na capa do jornal me chamou atenção: “nova lei prevê tolerância zero para bebida ao volante”. A partir de agora, quem for flagrado no bafômetro com qualquer sinal de álcool vai voltar caminhando para casa, e com uma conta de quase mil reais para pagar, além de perder a habilitação por um ano. Li e gostei. Em uma análise preliminar, achei que não só eu, mas uma boa parte dos brasileiros receberia a nova resolução de braços abertos. Afinal, quem é que gosta de transitar em meio a motoristas alcoolizados?
Ledo engano. Passeando em um site de notícias na internet, me deparei com uma página que falava da tal lei. Lá no rodapé, dezenas de comentários de leitores. Quando fui ver o que diziam, percebi que cerca de 90% repudiava a medida, sob os mais variados pretextos, ou melhor, nem tão variados assim.
Nota-se claramente que muitos dos que reclamam já estão bastante preocupados. A maioria já contabilizou os “prejuízos” da abstinência de álcool no churrasco de domingo, no jantarzinho romântico ou nos embalos de sábado à noite. Que lástima hein? E agora José? Será que a solução é mesmo acatar e, se for dirigir, não consumir álcool algum? Convencer a namorada a ir jantar de ônibus? Ou chutar o balde, arriscando ficar mil reais mais pobre e um ano sem dirigir? Fácil mesmo, ao que tudo indica, está sendo repudiar a lei: “ISSO É UM ABSURDO!! ESSA LEI É UMA PALHAÇADA! SOPRAR BAFÔMETRO É INCONSTITUCIONAL, VOU LIGAR PARA MEU ADEVOGADO!!”
Pois bem, aí está, o grosso dos comentários. A indignação surge perante a descrença na eficiência da lei mediante ao contexto em que ela se aplica, citam-se corrupção policial, estradas mal cuidadas, políticos incompetentes. Claro, muitos estão preocupados mesmo é com o próprio umbigo, pura e simplesmente, mas uma boa parte ainda acha que o combate à violência no trânsito está se dando de forma errada, o popular erro de prioridades na solução dos problemas por parte do governo.
E quem vai saber? Vai ver até que existem mesmo caminhos mais curtos até a raiz do problema. Mas não nos esqueçamos que não é de hoje que beber e dirigir é proibido. Essa lei sempre existiu, (e não tinha como ser diferente), apenas ficou mais rígida. E se a rigidez parece ser um problema, que tal pesquisar as legislações de trânsito de outros países, aqueles cujo povinho tanto invejamos pela educação e cidadania? Ah, sim, mas lá as estradas são boas, o seu guarda não pede um pro cafezinho, os políticos são um pouco menos corruptos. Mas e daí? Por isso deixaremos de cumprir a lei aqui? Um erro não justifica o outro.
Sim, seguir essa lei pode se tornar um saco, mas isso não deveria impedir seu cumprimento. Além do mais, ninguém vai morrer por ter que, de vez em quando, se contentar com uma Sukita. E aos que continuam semeando bobagens através de teorias mal-ajambradas, que tal pararem de bancar o garoto rebelde e experimentarem obedecer a porcaria da lei?
Só esperamos que os agentes fiscalizadores tenham a decência e a capacidade de tratar da mesma forma, tanto o caminhoneiro e sua pinga quanto o desembargador e seu Johnnie Walker12 anos.
E para quem ainda não assimilou a novidade, segue link interessante para tirar dúvidas relacionadas à lei da tolerância zero:
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=Geral&newsID=a1997631.xml
Ledo engano. Passeando em um site de notícias na internet, me deparei com uma página que falava da tal lei. Lá no rodapé, dezenas de comentários de leitores. Quando fui ver o que diziam, percebi que cerca de 90% repudiava a medida, sob os mais variados pretextos, ou melhor, nem tão variados assim.
Nota-se claramente que muitos dos que reclamam já estão bastante preocupados. A maioria já contabilizou os “prejuízos” da abstinência de álcool no churrasco de domingo, no jantarzinho romântico ou nos embalos de sábado à noite. Que lástima hein? E agora José? Será que a solução é mesmo acatar e, se for dirigir, não consumir álcool algum? Convencer a namorada a ir jantar de ônibus? Ou chutar o balde, arriscando ficar mil reais mais pobre e um ano sem dirigir? Fácil mesmo, ao que tudo indica, está sendo repudiar a lei: “ISSO É UM ABSURDO!! ESSA LEI É UMA PALHAÇADA! SOPRAR BAFÔMETRO É INCONSTITUCIONAL, VOU LIGAR PARA MEU ADEVOGADO!!”
Pois bem, aí está, o grosso dos comentários. A indignação surge perante a descrença na eficiência da lei mediante ao contexto em que ela se aplica, citam-se corrupção policial, estradas mal cuidadas, políticos incompetentes. Claro, muitos estão preocupados mesmo é com o próprio umbigo, pura e simplesmente, mas uma boa parte ainda acha que o combate à violência no trânsito está se dando de forma errada, o popular erro de prioridades na solução dos problemas por parte do governo.
E quem vai saber? Vai ver até que existem mesmo caminhos mais curtos até a raiz do problema. Mas não nos esqueçamos que não é de hoje que beber e dirigir é proibido. Essa lei sempre existiu, (e não tinha como ser diferente), apenas ficou mais rígida. E se a rigidez parece ser um problema, que tal pesquisar as legislações de trânsito de outros países, aqueles cujo povinho tanto invejamos pela educação e cidadania? Ah, sim, mas lá as estradas são boas, o seu guarda não pede um pro cafezinho, os políticos são um pouco menos corruptos. Mas e daí? Por isso deixaremos de cumprir a lei aqui? Um erro não justifica o outro.
Sim, seguir essa lei pode se tornar um saco, mas isso não deveria impedir seu cumprimento. Além do mais, ninguém vai morrer por ter que, de vez em quando, se contentar com uma Sukita. E aos que continuam semeando bobagens através de teorias mal-ajambradas, que tal pararem de bancar o garoto rebelde e experimentarem obedecer a porcaria da lei?
Só esperamos que os agentes fiscalizadores tenham a decência e a capacidade de tratar da mesma forma, tanto o caminhoneiro e sua pinga quanto o desembargador e seu Johnnie Walker12 anos.
E para quem ainda não assimilou a novidade, segue link interessante para tirar dúvidas relacionadas à lei da tolerância zero:
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=Geral&newsID=a1997631.xml
5 comentários:
Por que as classes A, B e A++ (principalmente) não conseguem se divertir sem álcool?? Será que ao menos já tentaram?
Segue o link da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes para quem tiver interesse em ler o posicionamento deles (contra a Lei, é lógico). http://www.abrasel.com.br/
Aqui no Rio, todo fim de semana temos pelo menos um caso de carro com jovens voltando da noitada que sofrem algum acidente. De vez em quando, ele é fatal, matando até os caronas que não beberam.
Depois que esta lei entrou em vigor, caiu muito o número de atendimentos nos hospitais. Ela não pode estar de todo errada.
Se o problema fosse apenas a morte dos bêbados, "tudo bem", mas acontece que morrem os caronas e quem estiver no caminho do carro descontrolado.
Carros possantes demais para o juízo de quem os dirige, aliás, mesmo que estivessem sóbrios.
Sim, os atendimentos diminuíram, mas tenho a nítida impressão que isso tudo é muito "fogo de palha", incluindo a fiscalização intensa. Depois que as pessoas se derem conta de que a probabilidade de serem pegas em uma blitz é muito pequena, o cabresto vai aos poucos afrouxando novamente
Olá! Lembra de mim? Você já esteve me visitando no meu blog, vim retribuir a visita.
Sobre a Lei Seca, tenho dois posts por lá; um meu e outro do meu irmão, que é jornalista. Passa lá! Vamos ver o que tu achas.
Abraço.
Oi! Lembro sim. Já visitei teu site e deixei meu carimbo por lá!
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